A questão da autonomia continua a ser um ponto que inspira receio em que pensa comprar um carro 100% eléctrico, e por isso interessa saber até que ponto a autonomia anunciada se traduz em autonomia “real”.
Os consumidores passaram décadas a serem enganados com os consumos anunciados nos carros com motores a combustão, sendo que toda a gente sabe que os consumos indicados pelas marcas são meramente indicativos e raras vezes correspondem aos que serão obtidos no dia a dia. É certo que para isso muito contribui o estilo de condução e por onde se circula… mas de uma forma ou de outra, esse mesmo receio será inevitavelmente transposto para os automóveis eléctricos.
O site espanhol coches.net pôs à prova um número bastante representativo dos veículos eléctricos no mercado nesta altura (todos os que têm uma autonomia anunciada de mais de 200 kms), incluindo o Jaguar i-Pace, Tesla Model S e Model X, Opel Ampera-e, Renault Zoe, Nissan Leaf, BMW i3, Volkswagen e-Golf, Hyundai Ioniq Electric e Kia Soul EV, (pena não ter incluído o novo o Hyundai Kauai Electric, com autonomia anunciada de 470 kms) e os resultados não apresentam grandes surpresas, ficando bastante próximos das autonomias anunciadas – com algumas excepções:
- Hyundai Ioniq: 212 kms – 12.2kWh/100kms
- Kia Soul: 218 kms – 13.6kWh/100kms
- Nissan Leaf: 228 kms – 16.3kWh/100kms
- BMW i3: 231 kms – 14.8kWh/100kms
- Volkswagen e-Golf: 231 kms – 12.4kWh/100kms
- Renault Zoe: 284 kms – 14.6kWh/100kms
- Jaguar i-Pace: 313 kms – 27.5kWh/100kms (versão pré-produção)
- Opel Ampera-e: 377 kms – 16.1kWh/100kms
- Tesla Model X: 400 kms – 23.4kWh/100kms
- Tesla Model S: 422 kms – 20.6kWh/100kms