O relatório preliminar sobre o acidente fatal com um Tesla Model 3 no dia 1 de Março confirma que o automóvel seguia em modo Autopilot no momento do acidente, em circunstâncias idênticas à do primeiro acidente mortal com um Tesla em 2016.
Também aqui se tratou de uma colisão com um semi-reboque de um camião que atravessava perpendicularmente a estrada, e que o Autopilot foi incapaz de detectar, passando a alta-velocidade por baixo dele e “cortando” por completo o seu tejadilho.
O relatório indica que Model 3 seguia a 109 km/h no momento da colisão, não tendo sido feita qualquer tentativa para abrandar o veículo; e que o modo Autopilot tinha sido activado 10 segundos antes do acidente, não tendo havido qualquer intervenção por parte do condutor nos 8 segundos que precederam o choque mortal.
Uma vez mais, ultimamente, a culpa será seguramente atribuída ao condutor, que teria a responsabilidade de se manter permanentemente atento ao que se passa na estrada. Mas, por outro lado, não nos podemos esquecer que a Tesla repetidamente vai falando do seu Autopilot como estando praticamente pronto para fazer condução autónoma total, o que promove uma falsa sensação de segurança entre os seus clientes – que podem ser levados a crer que a versão que têm nos seus automóveis já será capaz de fazer mais do que realmente faz.
Como fica mais uma vez demonstrado, de forma trágica, o Autopilot não é capaz de lidar com um camião atravessado na estrada; situação que nos EUA já levou à morte de dois condutores.