O LeoLabs alertou para um risco muito elevado de colisão entre dois objectos desactivados em órbita, que poderá ter consequências preocupantes para muitos satélites.
Há muito que se fala do risco das colisões no espaço, que se vai agravando há medida que se vão criando novas constelações com milhares de satélites, mas desta vez o problema não está relacionado com os numerosos satélites Starlink da SpaceX. O LeoLabs, que se dedica a seguir todos os objectos em órbita, detectou um risco extremamente elevado de colisão entre dois objectos inactivos em órbita.
We are monitoring a very high risk conjunction between two large defunct objects in LEO. Multiple data points show miss distance <25m and Pc between 1% and 20%. Combined mass of both objects is ~2,800kg.
Object 1: 19826
Object 2: 36123
TCA: Oct 16 00:56UTC
Event altitude: 991km pic.twitter.com/6yWDx7bziw— LeoLabs, Inc. (@LeoLabs_Space) October 13, 2020
Segundo as previsões, estes objectos irão passar a apenas 25 metros um do outro, com risco de colisão calculado entre 1% e 20%.
O problema não está na destruição destes satélites já desactivados, mas sim na nuvem de destroços que daí poderá originar, e que se tornará num grave problema para outros satélites – e que no pior caso poderá resultar numaa temida reacção em cadeia (Kessler Syndrome), onde os destroços destroem outros satélites, criando mais destroços que destroem satélites adicionais, e criando um manto de destroços a envolver o planeta que poderá inviabilizar lançamentos durante muitos anos.