Sonda Hayabusa2 faz chegar à Terra amostra de asteróide

Após ter passado mais de meia década no espaço, a sonda japonesa Hayabusa2 enviou para a Terra amostras recolhidas de um asteróide.

Lançada em 2014, a missão Hayabusa2 tinha como objectivo recolher amostras de um asteróide e trazê-las de volta à Terra. A sonda passou mais de um ano a orbitar e captar amostras do asteróide Ryugu, que após mais um ano de viagem de regresso, caíram na Austrália na sua cápsula protectora e serão transportadas para o Japão para análise. Esta missão não se limitou a recolher amostras da superfície do asteróide, tendo largado um engenho explosivo para conseguir captar amostras mais profundas e que se espera que revelem mais segredos sobre como eram as condições há milhares de milhões de anos, por altura da formação do sistema solar.

Estamos num período bastante movimentado em termos de amostras que regressam à Terra. Na Lua, a sonda Chang’e5 também já completou a fase de recolha do solo lunar e ascendeu para o reencontro com o módulo orbital, preparando-se agora para regressar à Terra. E, daqui por mais alguns anos (2023), teremos a missão OSIRIS-REx também a chegar com aquela que será a maior quantidade de materia recolhido de um asteróide.

Ainda assim, a missão Hayabusa2 ainda não está terminada. Este que era o objectivo principal da missão foi atingido com sucesso, mas a nave principal continua no espaço e já vai a caminho de outro asteróide, chamado 1998 KY26, para também recolher o máximo de informação sobre ele. Mas serão necessários 11 anos para lá chegar, pelo que até lá muita coisa irá ainda acontecer em termos de exploração espacial – como o prometido regresso de missões tripuladas à Lua, e até a possibilidade de se colocarem as primeiras pegadas em Marte, por muito pouco provável que seja levar a cabo um processo de colonização.

Publicado originalmente no AadM

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