A FCC autorizou o pedido da SpaceX para alterar as órbitas dos seus futuros satélites Starlink para órbitas mais baixas, apesar das preocupações da Amazon.
Os milhares de satélites que a SpaceX planeia para a constelação Starlink estão distribuídos por órbitas distintas, mas a FCC autorizou que 2.814 satélites que originalmente estavam destinados para uma órbita dos 1.100 aos 1.200 km pudessem baixar para uma órbita dos 540 aos 570 km. Uma órbita mais baixa permite reduzir o tempo de comunicação entre os satélites e os terminais, mas este pedido não foi tão simples quanto se esperava.
A Amazon tinha expressado o seu desagrado com esta alteração, por colocar estes satélites da SpaceX numa órbita demasiado próxima da dos seus futuros satélites Kuiper (a rede de internet via satélite que a Amazon também planeia lançar), e que ficarão numa órbita dos 590 aos 630 km. A Amazon, e outras empresas como a OneWeb (recentemente apanhada a mentir) alegaram que a proximidade poderia levar a colisões e a interferências.
No entanto a FCC disse que a sua análise ao assunto concluiu que não iriam existir interferências excessivas, e que as órbitas mais baixas até são preferíveis em caso de colisões, pois os destroços cairão mais rapidamente na atmosfera onde se desintegrarão, ao contrário do que aconteceria em óbitas mais altas, onde poderiam permanecer por anos e anos. Ainda assim, a FCC pediu algumas garantias à SpaceX, nomeadamente a nível de assegurar que estes seus satélites nunca ultrapassarão uma órbita de 580 km, que também parece ter sido suficiente para que a Amazon se sentisse “ouvida”.