Depois da troca de galhardetes com Richard Branson por este se ter antecipado na ida ao espaço, foi a vez de Jeff Bezos estrear a sua cápsula com janelas gigantes.
Jeff Bezos entrou na cápsula RSS First Step a bordo do foguete New Shepard, e foi projectado para o espaço numa curta viagem multi-milionária de 10 minutos que, apesar de todos os avanços e inovações feitos pela Blue Origin, não deixou de parecer um anticlímax. Isto porque, depois de tanta acusação a dizer que a Virgin não tinha chegado ao espaço, a viagem de Bezos mais se assemelha a uma daquelas atracções das feiras, em que alguém é projectado no ar para cair logo de seguida.
Pelo menos tem a vantagem da componente educativa, de demonstrar a relativa facilidade de atingir o espaço voando 100 km para cima. O grande problema, é ficar por lá!
A imensa dificuldade de colocar objectos em órbita não é superar os 100 km de altitude, como aqui ficou demonstrado, mas sim atingir a chamada velocidade orbital, a velocidade percorrida horizontalmente e que faz com que um objecto fique numa trajectória de “queda permanente”, resistindo à força da gravidade que nesta viagem de Jeff Bezos o puxou imediatamente para o solo. Para isso seria preciso que a cápsula atingisse uma velocidade na ordem dos 27 a 28 mil quilómetros por hora – e, para comparação, nesta viagem a velocidade máxima atingida foi de apenas 3.590 km/h.
Parece que Elon Musk ainda não tem que se preocupar com concorrência para as verdadeiras viagens ao espaço, enquanto Richard Branson e Jeff Bezos brincam aos parques de diversões para multimilionários.