Como se fosse necessário constatar o óbvio, temos novo estudo que contabiliza todos os elementos do ciclo de vida dos automóveis, e dá vantagem incontestável aos carros eléctricos.
Um novo estudo vem reafirmar aquilo que alguns sectores energéticos têm tentado desacreditar, de que os automóveis eléctricos têm, de facto, impacto mais reduzido no ambiente, mesmo quando se contabiliza todo o ciclo de produção de baterias e a sua posterior reciclagem.
Neste momento, os carros eléctricos actuais já são cerca de 70% menos poluentes (tendo em conta todos os aspectos da produção, circulação, manutenção, reciclagem) que os automóveis a combustão tradicionais, valor que pode aumentar para os 77% na próxima década, à medida que a eficiência de produção e utilização for aumentando. Infelizmente, não me parece que este estudo vá impedir que continuem a existir campanhas de desinformação que tentem adiar a transição para os eléctricos – mas, não se esqueçam que se está a falar da indústria que durante décadas sabia, e deliberadamente escondeu, os efeitos nocivos do chumbo nos combustíveis (entre muitas outras coisas).
A grande questão que ainda falta resolver é o “pequeno” factor do custo, mas também aí as coisas começam a ficar melhor encaminhadas, com a chegada de cada vez mais automóveis eléctricos económicos ao mercado, como o Dacia Spring que custará menos de 14 mil euros.