A GM vai mesmo ter que trocar as baterias de todos os Chevy Bolt produzidos entre 2017 e 2022, para tentar resolver definitivamente o problema dos incêndio espontâneos.
Depois de tentar desenrascar com actualizações de software que afectavam os limites de carga, a GM lá se resignou que este não era um problema que poderia ser “desenrascado” – não quando se estava a por em causa toda a confiança dos consumidores nos carros eléctricos, com as recomendações de não deixar o carro a carregar à noite ou dentro da garagem. Depois da última ronda de recolhas, a GM expande a recolha a todos os Bolt produzidos desde 2017.
A GM atira as culpas para a LG, dizendo que o problema se deve a um defeito de fabrico que está a ser investigado, e no processo recomenda que os clientes:
- Não carreguem o carro acima de 90%
- Não descarreguem a bateria abaixo dos 113 km
- Deixar o carro no exterior, e não o deixar a carregar durante a noite
Para tentar recuperar a confiança dos clientes e consumidores, a GM diz que os novos módulos de bateria terão garantia para 8 anos ou 160 mil quilómetros.
Esperemos que sirva de lição para outros casos idênticos que possam ocorrer no futuro: não se pode “brincar” com a qualidade das baterias, quer seja num smartphone (como a Samsung descobriu no fatídico Galaxy Note 7), e muito menos num automóvel. E em caso de incidentes, há que actuar de imediato e não tentar “desenrascar” com correcções de software que podem disfarçar o problema, mas não corrigi-lo.