A FTC norte-americana obrigou a Harley-Davidson a parar de invalidar a garantia por causa de reparações feitas em oficinas não oficiais.
Os EUA vivem situações bastante mais complicadas do que na Europa a nível das reparações, e uma delas acontecia com a Harley-Davidson. Optar por uma peça de substituição alternativa ou fazer o serviço numa oficina não oficial era suficiente para a Harley-Davidson invalidar a garantia e esquivar-se a potenciais problemas que podiam nem ter nada a ver com a intervenção que tivesse sido feita. Agora, não só terá que continuar a honrar a garantia, como informar expressamente os clientes de que podem recorrer a peças e outras oficinas para as suas reparações.
Este é apenas um de muitos casos que decorrem nos EUA, com um dos mais proeminentes a ser o do fabricante de tractores e equipamentos agrícolas John Deere, que basicamente funciona como o cúmulo destes casos, em que os compradores eram / são obrigados a contratar serviços de manutenção a preço exorbitante para as revisões e actualizações do sistema, e com o veículo a recusar-se a funcionar no caso de detectar qualquer intervenção feita de forma não oficial – um pouco ao estilo do que a Apple faz ao detectar peças não validadas nos iPhones, mas aplicada a tractores industriais.
Com os automóveis a tornarem-se, cada vez mais, em computadores com rodas, esta será uma questão que corre o risco de se multiplicar no futuro; e que por isso mesmo deverá assegurar, desde já, o direito às reparações e modificações.