A Tesla está finalmente a lançar o sistema que usa as câmaras em substituição dos sensores de proximidade no estacionamento, mas os resultados deixam a desejar.
Os sensores ultra-sónicos de proximidade tornaram-se em algo comum e banal nos automóveis, sendo preciosos auxiliares durante o estacionamento e manobras, ao indicar a proximidade para possíveis obstáculos. No entanto, a Tesla decidiu removê-los, dizendo que bastam as câmaras para fazer essa tarefa (tal como anteriormente já tinha removido o radar – embora agora esteja em processo de o voltar a adicionar).
Tal como algumas pessoas já suspeitavam os resultados deste novo sistema não estão ao nível do que se esperaria num carro nesta classe de preço, já que falham em situações de baixa luminosidade e, talvez ainda pior, deixam diversas “zonas mortas” sem detecção porque nem sequer são áreas cobertas pelo posicionamento das câmaras. Um caso flagrante é a parte frontal e as partes laterais das rodas frontais.
Infelizmente a Tesla tem tradição de, primeiro remover as coisas, e só depois se preocupar em repor as funcionalidades. A Tesla também removeu o sensor de chuva, passando a fazer a detecção através das câmaras, e durante meses, os clientes com os modelos sem sensor nem sequer tiveram acesso à funcionalidade de detecção de chuva.
Neste caso, é muito provável que a Tesla também vá melhorar o funcionamento do sistema de “proximidade via câmaras”, mas há coisas que não poderão ser corrigidas porque será tecnicamente impossível fazê-las: como ver um obstáculo no escuro, ou detectar algo que se meteu à frente do veículo (como um animal de estimação) e que nem sequer aparece no campo de visão – precisamente os locais onde os sensores de proximidade estavam posicionados. Não deixará de ser ridículo que, num carro de 50 mil euros (e mais!) e repleto de tecnologia, se acabe por ter condutores que se sintam obrigados a instalar kits de sensores ultra-sónicos à posteriori.