SpaceX lança telescópio espacial europeu Euclid

O Euclid vai observar o universo em busca da chamada energia escura.

Depois do James Webb, passamos a ter mais um telescópio espacial, desta vez pertencente à ESA – a Agência Espacial Europeia.

O telescópio Euclid tem uma missão prevista de seis anos, ao longo dos quais irá observar milhões de galáxias, mantendo um registo sobre a sua forma e posição, e com cujos dados os astrónomos esperam ficar com uma melhor percepção do efeito da matéria escura e energia escura, que poderão constituir 95% do universo mas sobre as quais sabemos ainda muito pouco.

Com quase 5 metros de comprimento e pesando 2,1 toneladas, o Euclid transporta uma câmara de 600 MP para o espectro de luz visível, uma câmara de 64 MP no espectro NIR (Near Infra Red), e ainda um espectrómetro. Apesar do seu espelho ter metade do tamanho do do velhinho Hubble, isso permite-lhe observar áreas bastante mais vastas do universo de cada vez, ao estilo de uma grande angular. Deverá enviar cerca de 100 GB de dados comprimidos para a Terra, por dia, e ficará posicionado no ponto Lagrange L2, tal como o James Webb, usando a Terra como escudo de protecção contra o Sol.

O Euclid estava originalmente planeado para ser lançado por um foguete russo, mas a guerra na Ucrânia acabou por bloquear essa opção, que foi prontamente aproveitada pela SpaceX. A outra opção seria utilizar um Ariane 6, mas isso implicaria adiar o lançamento até 2025 na melhor das hipóteses, assumindo que por essa altura o Ariane teria demonstrado fiabilidade suficiente para uma missão desta envergadura.

Como curiosidade, a SpaceX cobrou 70 milhões de dólares pelo lançamento, 5 milhões de dólares a mais do que o habitual, para cumprir os requisitos de “ultra-limpeza” exigidos pela ESA, já que até um único grão de pó ou cabelo, poderiam ter um impacto ruinoso na missão.

Publicado originalmente no AadM

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