Uma bateria que internamente combina dois tipos de células poderá revolucionar a autonomia nos automóveis eléctricos.
Concebida pela empresa norte-americana Our Next Energy (ONE), esta bateria “Gemini dual-chemistry” foi aplicada num BMW iX, fazendo com que a sua autonomia de 560 km (WLTP) passasse para mais de 978 km (também em ciclo WLTP).
Qual o segredo? Esta bateria é, na verdade, duas baterias numa só. A bateria tem uma secção que usa células LFP convencionais que proporcionam um autonomia de até 240 km, suficiente para 99% das deslocações no dia a dia. Mas, caso seja necessária autonomia adicional, entra em acção a segunda secção com células de alta densidade energética, que permitem atingir aquela distância.
Embora se possa perguntar: porque motivo não usam apenas as células de alta-densidade para uma autonomia ainda maior? É de imaginar que essas células possam ter preço substancialmente mais elevado e, provavelmente, também terão um ciclo de vida mais reduzido que as células LFP. Desta forma, combina-se o melhor dos dois mundos, usando as células LFP durante a maior parte do tempo, poupando as restantes células até que sejam efectivamente necessárias.
A empresa, que conta com participação, da BMW, diz que continua a trabalhar no sentido de lançar esta bateria 2-em-1 no mercado já nos próximos anos.