Depois de um futuro incerto na era Trump, a administração Biden renovou a cooperação da NASA na Estação Espacial Internacional (ISS) até 2030.
A ISS continua a ser a única estação espacial com presença permanente de astronautas e cientistas que temos, e que também funciona como um importante ponto de cooperação internacional. No entanto, apesar de todas as expansões e melhoramentos de que tem sido alvo, começa também a levantar preocupações por se estar a aproximar do seu potencial fim de vida, a não ser que continue a receber investimento contínuo dos vários países. Era um futuro que tinha sido posto em causa com a potencial saída dos EUA, mas que agora fica assegurado até ao final da década.
Os EUA vão continuar a cooperar na ISS até 2030, esperando-se que por essa altura já existam novas estações especiais, criadas por empresas privadas e abertas para exploração comercial, tanto a nível científico como até para efeitos de “turismo espacial”. Mas, desta forma, permitindo evitar uma situação em que a ISS seja forçada a encerrar operações sem que existisse qualquer alternativa – ao estilo do que aconteceu com o encerramento do programa Space Shuttle, deixando os EUA sem capacidade para levar astronautas até à ISS ou trazê-lo de volta, obrigando-os a recorrer à “boleia” dos russos (até à chegada da Crew Dragon da SpaceX).
Considerando que as demais ambições dos EUA (como colocar astronautas na Lua em 2024) parecem cada vez mais difíceis de concretizar, é bom ver que pelo menos também estão dispostos a apostar em projectos mais realistas.