Tesla inicia serviço Robotaxi em Austin

A Tesla desta vez cumpriu o prazo dado por Elon Musk, e iniciou o serviço Robotaxi em Austin (Texas) com viagens a $4.20 e supervisão humana.

A Tesla deu finalmente o arranque ao seu aguardado serviço de Robotaxi, começando com uma frota reduzida de Model Y (fala-se entre 10 a 20 veículos), e limitada geograficamente a uma pequena secção em Austin, Texas. O serviço arrancou de forma bastante cautelosa e restrita a membros de um programa de acesso antecipado, procurando minimizar os potenciais riscos de experiências iniciais negativas. Através da app oficial da Tesla, os utilizadores convidados podiam pedir uma viagem autónoma, e as viagens contam ainda com um acompanhante “Tesla Safety Monitor” no lugar do passageiro da frente, por precaução.

As viagens estão disponíveis entre as 6h e a meia-noite e têm um custo fixo de $4.20 – contrariamente a outros serviços que ofereciam gratuitamente as viagens iniciais de teste (provavelmente para poderem dizer que o serviço já está a render dinheiro logo desde o primeiro dia) – mas por enquanto não incluem o aeroporto. Esta abordagem faseada permite à Tesla recolher dados em cenários controlados e evitar situações de tráfego mais exigentes.

Há alguns detalhes que estão bem pensados. Os clientes Tesla têm acesso às preferências que tiverem gravadas nos seus próprios automóveis, para que a viagem no “táxi” dê acesso às mesmas músicas, definições, etc. Por outro lado, não há como desculpar alguma (muita?) da promoção desenfreada dos convidados seleccionados nesta fase inicial, que até referiam como grande vantagem do serviço “poderem ficar à porta do seu destino sem terem que se preocupar com procurar estacionamento para o carro” – como se isso não fosse uma vantagem de todo e qualquer serviço de “táxi” (desde os distantes tempos do séc XVII, ainda com carruagens puxadas por cavalos).

A verdadeira prova de fogo do serviço terá que ser demonstrada na prática com a expansão que a Tesla tanto apregoa ser a sua grande vantagem: a de poder usar qualquer um dos seus modelos para esta função, sem necessidade de hardware extra especial* (refira-se que o asterisco deixa de fora todos os carros sem HW4, ainda sem informação concreta de como, ou se, terão processo de upgrade para o hardware mais recente). Para isso terá que expandir grandemente a área de funcionamento, abrangendo zonas “complicadas”, e permitir o acesso ao público em geral.

Adicionalmente, há nova dificuldade que se aproxima. O estado do Texas vai aplicar novas regras mais rigorosas para veículos autónomos, com entrada em vigor a 1 de Setembro, que exige que um serviço deste tipo tenha que ter veículos com nível de autonomia L4 que dispensem qualquer supervisor humano a bordo.

Publicado originalmente no AadM

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