Volvo XC40 torna-se pesadelo

A compra de um Volvo XC40 tornou-se num pesadelo para Francisco Franco, o criador do popular Franco Kernel.

A compra de um carro novo é, normalmente, motivo para celebração e felicidade, esperando-se que proporcione viagens em segurança e com conforto por muitos anos. Infelizmente, há também casos em que essas expectativas são rapidamente destruídas, arrastando-nos para um cenário de chatices e frustrações intermináveis, como é o caso que se segue.

A compra de um Volvo XC40 de serviço em Abril, com apenas 8 mil quilómetros, parecia ter sido um excelente negócio; mas pouco mais de um mês mais tarde, os problemas começaram. Durante uma viagem com a família, o carro começou a exibir uma série de problemas, perdendo o controlo do ar condicionando, vidros eléctricos, sensores, portas e até da chave. Não só se tornava bastante frustrante fazer uma viagem sob calor abrasador com crianças, sem poder usar o AC, como se ficava perante situações preocupantes de ordem prática, como o uso da chave manual poder trancar as portas dianteiras, mas deixando as portas traseiras destrancadas.

Replicando os problemas que bem conhecemos dos bugs de software, quando a assistência da marca chegou, o carro já estava a funcionar correctamente, sem qualquer sinal de problemas. Mas, uma visita à oficina alguns dias mais tarde, confirmou nos registos do carro que o mesmo tinha sofrido uma falha catastrófica, sendo efectuada uma actualização que prometia resolver o problema. Estavamos em 15 de Junho e, a 19 Junho, o problema voltou a acontecer. Desta vez a explicação era um sensor de temperatura defeituoso, que foi substituído, mas fazendo com que o carro ficasse quase 10 dias na oficina. Ora, a 13 de Julho podem imaginar o que aconteceu: novamente o mesmo problema.

Perante frustração crescente e justificada, e o pedido de reembolso ou troca por outro veículo, a Volvo assegurou que o problema era de fácil resolução e que tudo ficaria tratado na próxima intervenção. Intervenção que não começou da melhor maneira, quando na chegada à oficina na data agendada (19 de Julho) lhes foi dito que não tinham registo de qualquer marcação, e obrigando a chamar a assistência do próprio parque da oficina, para poder ter direito a um veículo de substituição. Ainda assim, a 11 de Agosto, o carro saiu da oficina com a garantia de que agora tudo estaria bem, tendo sido substituído o módulo de controlo.

Mas, mais uma vez, a 13 de Agosto, a situação já conhecida volta a repetir-se, tornando-se na gota de água.

O caso ainda está em curso, com a Volvo a recusar-se a devolver o valor pago pelo carro, dizendo que não o pode fazer por ser um “problema fácil de reparar” – quase insinuando que existe má fé por parte do cliente. No entanto, parece esquecer-se que esse problema fácil de resolver já obrigou a múltiplas visitas à oficina e garantias de que estava resolvido, sem falar do transtorno das centenas de quilómetros percorridos, e dezenas de dias sem poder usufruir do carro.

Não é um panorama animador para uma era em que os carros já se tornaram computadores sobre rodas, e com isso chegando toda uma série de bugs que têm implicações bastante mais danosas do que o desejo de atirar com um smartphone contra uma parede.

Publicado originalmente no AadM

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