Como a Google e Uber testam os seus carros autónomos em simulações virtuais

Criar sistemas de condução autónomos que capazes de lidar com a infinidade de variáveis que irão enfrentar no mundo real não é fácil; mas tanto a Google como a Uber (e outros) usam todos os truques ao seu alcance, incluindo criar simulações reais e virtuais para validarem as capacidades dos seus automóveis.

A Google foi uma das empresas que mais investiu na tecnologia dos carros autónomos nos últimos anos, querendo acelerar aquilo que se esperaria levar algumas décadas para algo que chegasse até nós num espaço de tempo bastante mais reduzido. Para além de ter carros a circular nas estradas, a Google criou também uma mini-cidade de testes onde recriou todo o tipo de cenários complicados para testar os seus automóveis… mas indo ainda mais longe em termos virtuais.

Para além dos milhares de quilómetros que os carros autónomos da Google percorrem nas estradas, toda essa informação recolhida é utilizada para criar cenários virtuais que podem ser reproduzidos quantas vezes for necessário, para ver de que forma as actualizações feitas ao sistema lidariam com todas as situações que os carros já enfrentaram. Isto permite que uma alteração possa ter testada de forma quase imediata em milhares de cenários diferentes, sem ficar dependente de um carro real ter que ir para a rua e esperar encontrar as mesmas condições – ou, alterarem-se as condições da simulação para ver que tal o carro reagiria.

A Uber, que também tem apostado na condução autónoma (ao ponto de estar a enfrentar um processo de roubo de tecnologia da Waymo/Google) também tem um sistema idêntico, que pelo menos permite reproduzir todo o percurso feito pelos carros autónomos – embora não entre em tantos detalhes quanto à possibilidade de replicar/alterar as condições para efeitos de simulação (mas sendo de esperar que também o faça… pois será uma das formas mais eficientes de desenvolver sistemas de condução autónoma sem ficar dependente dos testes feitos na estrada).

À medida que até os carros convencionais vão ficando com mais sensores, até dá que pensar se um destes dias não estarão a recolher informação que seja enviada para as marcas para efeito de criar estes cenários virtuais e contribuir para a aprendizagem dos sistemas que, eventualmente, nos removerão do banco do condutor.

Publicado originalmente no AadM

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