Realizou-se recentemente, nos circuitos do Estoril e Braga, mais uma edição dos Mercedes-Benz Driving Events.
Estes eventos têm como objectivo dar a conhecer aos convidados da Mercedes as últimas novidades da marca e também a oportunidade de conduzir em pista. O Pela Estrada Fora esteve presente no circuito do Estoril, graças ao convite da Tec-Atlântica, concessionário da marca em Torres Vedras e nas Caldas da Rainha e contamos como foi.
O evento dividiu-se em quatro partes: experiência off-road com o novo GLA; demonstração de controlo de estabilidade com o CLA; condução no paddock com o Classe A; condução em pista com o Classe C.
Na primeira experiência, a “off-road”, consistia em ser conduzido por pilotos da Mercedes através de dois “obstáculos”. O primeiro era uma plataforma que simulava a inclinação lateral, na qual o GLA era colocado com uma inclinação lateral de aproximadamente 30º, ficando mesmo com uma das rodas traseiras suspensas no ar – segundo o piloto, o GLA pode alcançar os 40º de inclinação lateral. Já o segundo obstáculos era uma plataforma com inclinação vertical de 45º; aqui, o GLA era parado a meio da subida e graças a toda a tecnologia de controle de tracção, o arranque nesta inclinação de 45º era conseguido de forma suave e sem qualquer problema; chegados ao topo da plataforma, o piloto programava o controle de descida para os 7 km/h, e sem tocar em qualquer pedal, a descida era feita suavemente à velocidade pré-determinada.
Já com o CLA foi possível simular a necessidade de contornar um obstáculo com o piso molhado com duas configurações diferentes: com o controle de estabilidade ligado, o veículo corresponde plenamente ao que queremos fazer, não tendo qualquer problema em desviar-se do obstáculo; com o controle de estabilidade desactivado, a história já é completamente diferente, com o veículo a fazer o que lhe apetece em cima do piso molhado. Foi uma boa demonstração do que o controle de estabilidade pode fazer pela segurança na condução.
A condução do Classe A no paddock foi feita num pequeno circuito, em que o mais importante era encontrar os 3 condutores mais rápidos de cada grupo, que no final teriam direito a um “prémio”; desta experiência, fica a nota acerca da fraca prestação do motor 1.5 litros do A160.
A experiência mais aguardada pela maioria dos participantes deste evento era, sem dúvida, a condução em pista. Inicialmente foi possível dar uma volta ao circuito como “co-piloto”, ouvindo as instruções dos pilotos da Mercedes acerca dos “segredos” da pista do Estoril.
Quando passamos para o volante do C220 Bluetec de caixa automática, tudo muda de figura, e quase não há tempo para respirar, pois as travagens, curvas e acelerações sucedem-se a um ritmo frenético para quem não está habituado a conduzir em pista – mesmo apesar de não ser a minha estreia em pista, era a primeira vez no Estoril.
Mesmo não sendo uma versão desportiva – apesar de contar com alguns elementos AMG – o C220 comporta-se de forma bastante agradável em pista, sendo a travagem e a estabilidade em curva os seus pontos fortes; o ponto fraco, talvez seja mesmo a velocidade de ponta, uma vez que não consegui passar dos 185 km/h na recta da meta.
No final das 3 voltas ao circuito era sem grande surpresa que se sentia um forte cheiro a “travão queimado”, estando mesmo um elemento da Mercedes a medir a temperatura dos travões, que chegava aos 280º.
Após estas experiências, faltava apenas o “prémio” para os 3 mais rápidos na condução do Classe A no paddock: a “co-pilotagem” de um dos 3 veículos AMG (dois A45 AMG e um CLA45 AMG) em autêntico ambiente de corrida – como não fui um dos 3 mais rápidos, não tive a sorte de participar nesta corrida, mas mesmo assim deu para ver, o que já não foi nada mau 😉
Foi, sem dúvida, um evento bastante interessante e não podemos deixar de agradecer à Tec-Atlântica o convite para estarmos presentes.