A Tesla anuncia o seu Autopilot como sendo mais seguro que um condutor humano, e já temos visto casos em que o sistema consegue evitar acidentes que seriam difíceis de evitar se o carro estivesse a ser conduzido manualmente; mas isso não invalida que noutros casos o sistema seja assustadoramente ineficaz.
Uma empresa de testes britânica pôs o Autopilot da Tesla à prova para relembrar que não se deve confiar demasiado nestes sistemas semi-autónomos, demonstrando como um Tesla pode colidir violentamente com um veículo parado na estrada.
A situação ocorre quando o Tesla com o Autopilot segue um veículo, e depois este muda para outra via revelando um automóvel parado (ou outro objecto). Antes de mais importa relembrar que esta situação é precisamente mencionada pela Tesla como sendo um dos casos em que o Autopilot não funciona devidamente; assim como nos casos de veículos parados na berma; e que cabe ao utilizador estar permanentemente atento e pronto para retomar o controlo da viatura.
O problema é que essa informação não é transmitida pela Tesla de forma tão evidente como a ideia de que o seu Autopilot é realmente capaz de conduzir o carro, ultimamente fazendo com que muitos condutores (por sua responsabilidade, é certo) optem por confiar demasiado no sistema. É algo que provavelmente não fariam se em vez de “Autopilot” o sistema se chamasse “lane-assist” ou algo que fosse mais adequado às suas reais capacidades.
Em abono da Tesla, a empresa tem feito alterações para desincentivar os abusos por vezes cometidos pelos condutores, e agora até já exige que mantenham as mãos no volante com muito maior frequência. Mas com tudo isto, aumenta ainda mais a curiosidade para saber quais serão as capacidades de condução 100% autónoma prometidas para Agosto.