Os utilizadores de carros eléctricos vão receber um apoio do Fundo Ambiental para compensar o aumento das tarifas de carregamento.
É preciso uma apetência especial pela burocracia (e pelos lucros) para transformar algo tão simples como o fornecimento de energia numa labirinto insondável de taxas e taxinhas com tal quantidade de componentes e factores que obriga a uma folha de cálculo para se perceber tudo o que se está a pagar. Mas, basta dizer que isto nos chega das mesmas entidades que, quando obrigadas a acabar com o aluguer do contador nas nossas casas, depressa o substituíram pela “taxa de potência contratada”.
Com o novo ano (2022) chegam novos aumentos, incluindo o aumento da tarifa de carregamento, que passou de 0,1657 para 0,2964 euros por cada carregamento. Mas o seu impacto será anulado com recurso ao Fundo Ambiental, com aplicação de um desconto de 0,2614 euros por carregamento – que aparentemente será aplicado automaticamente sem necessidade de qualquer requerimento por parte dos utilizadores.
O que é certo é que, como já se antecipava, com a transição para os veículos eléctricos, surgem todo o tipo de desculpas para aumentar o custo da energia eléctrica, de modo a não desabituar os consumidores de continuarem a pagar valores equivalentes (ou até mais!) aos que pagavam mensalmente pelos combustíveis.