A falta de chips está a levar a Ford a optar por uma solução radical, vender os carros incompletos, prometendo a instalação dos chips quando ficarem disponíveis.
O desespero dos fabricantes automóveis perante o cenário de falta de chips começa a atingir níveis inimaginados. Em vez de suspender as vendas ou produção, a Ford vai começar a vender os seus automóveis sem chips – incompletos – com a promessa de que os mesmos serão instalados posteriormente, no prazo máximo de um ano.
Os automóveis continuarão a poder ser conduzidos normalmente, com os chips em falta a afectaram apenas sistemas secundários que não afectam os sistemas de segurança. A Ford inicialmente tinha chegado a equacionar o envio de automóveis não funcionais para os concessionários, para manter a cadeia de distribuição em funcionamento, e que teriam que aguardar a instalação de chips críticos para poderem ser vendidos e ficarem em condições de poder circular.
É uma medida inédita mas que acaba por ser também uma resposta às necessidades do mercado. Embora para muitos esta proposta seja “inaceitável”, poderá haver pessoas para quem a compra de um carro neste momento é essencial, e preferirão ter o carro agora mesmo que algumas funcionalidades só fiquem disponíveis posteriormente. De resto, há que relembrar que quem não concordar poderá sempre tentar a sorte noutro fabricante.